Só recolho os restos.
Aquilo que ninguém mais quer, aquilo que elas já consumiram.
Aquilo que JULGAM não ser mais importante. Mas É.
Só se preocupam quando tudo que jogaram fora...começa a feder, apodrecer, putrefar.
E quem vem pra limpar, sou eu.
Pego, me apego ao que restou, dos amores desperdiçados.
Amores que acumulo, no meu entulho chamado memória.
Na minha memória.
Na minha memória.
Gari...do amor
Lalala.
Lalala.
Só me resta a distração.
Um drinque.
Um cigarro.
Um programa na TV.
Uma conversa jogada fora, entre amigos.
Amor em mim, só se for de mãe.
Quero que as horas passem.
Tão rápido, e...se possíveis tão devagar...
É, confuso. Tudo muito confuso.
Ode ao surrealismo
Voando no meu unicórnio árabe.
Fugindo de três tanques de guerra que disparam flores.
Meu cigarro não me leva pra passear,
Nem consigo crer no que é vento, sol, ou chuva.
Uma viúva cheia de volúpia cai de pára-quedas na minha vida.
Como uma cachoeira de tubaína, desemboca num ralo triangular.
Aquela raíz, aquela árvore rígida, frígida, enigmática,
Num clima enigmático, como um ímã.
Minha arma está pronta pra atirar cansaço,
No caminho dessa vida, segue sempre no marasmo.
E na casa da razão, quem dirá qualé o sabor do melão?
Sabor doce, brisa salgada, caminho amargo.
Sem parar.
Esse mundo que eu tanto amo
As lágrimas que eu derramo
Tudo isso não pode parar.
Insisto em errar como se o amanhã não existisse.
Ah, todos nós sabemos, que esse show chamado vida, não pode parar.
Pelo que trocaria?
Ah, sim, EU TROCARIA.
Trocaria anos de estudo, reclusão, controle, por um amor sincero.
Trocaria a luz do sol, desde que eu tenha seus olhos, pra me guiar.
Trocaria qualquer ouro ou prata, pelo bem mais valioso: seu coração.
Trocaria todo o conhecimento do mundo, se tivesse a loucura e a insensatez dessa paixão.
Eu trocaria.
E você?